O Arcadismo, também
conhecido como Setecentismo ou Neoclacissismo, é o movimento que compreende a
produção literária brasileira na segunda metade do século XVIII. O nome faz
referência à Arcádia, região do sul da Grécia. Entre fatos marcantes aqui no Brasil, estão as obras de Cláudio
Manuel da Costa.
Profundas mudanças no
contexto histórico mundial caracterizam o período, tais como a ascensão do
Iluminismo, que pressupunha o racionalismo, o progresso e as ciências. Na
América do Norte, ocorre a Independência dos Estados Unidos, em 1776, abrindo
caminho para vários movimentos de independência ao longo de toda a América,
como foi o caso do Brasil, que presenciou inúmeras revoluções e inconfidências
até a chegada da Família Real em 1808.
O movimento tem
características reformistas, pois seu intuito era o de dar novos ares às artes
e ao ensino, aos hábitos e atitudes da época. A aristocracia em declínio viu
sua riqueza esvair-se e dar lugar a uma nova organização econômica liderada
pelo pensamento burguês.
O novo modo de
analisar a cientificidade e a racionalidade da época árcade fugia das
convenções artísticas da época, já que os escritores retomam as características
clássicas, como: bucolismo (busca de uma vida simples, pastoril), exaltação da
natureza (refúgio poético, em oposição à vida urbana), pacificidade amorosa
(relacionamentos tranquilos), a mitologia pagã, clareza na escrita com
utilização de períodos curtos e versos sem rima.
Um dos
principais escritores árcades foi o poeta latino Horácio, que viveu entre 68
a.C. e 8 a.C., e foi influenciador do pensamento do “carpe diem”, viver agora,
desfrutar do presente, adotado pelo Arcadismo e permanente até os dias de hoje.
Fontes: Só Leitura
Brasil Escola
Para DNN DCN está escrito e contido em Reflexão Além do Óbvio